terça-feira, 27 de novembro de 2012

SNES - O rei das locadoras...

Sem dúvidas, um dos meus favoritos! Na época de seu lançamento ele era muito caro, então, ter em casa era privilégio de poucos, e pior, seus jogos também não eram baratos, assim, o ambiente mais próprio para se ver gente jogando SNES eram as locadoras de video-game (coisa rara hoje em dia). Quem tinha o console, alugava os jogos... quem não tinha... jogava pagando "por hora"... acho que, nessa época, muito dono de locadora ficou rico!

O Super Nintendo Entertainment System (também conhecido como Super Nintendo, SNES e no Japão como Super Famicom), é um videogame lançado pela Nintendo em 1990 no Japão, 1991 nos EUA e 1992 na Europa. Sendo o sucessor do Nintendo Entertainment System (NES), conhecido no Japão como Famicom (Family Computer), fora batizado com o mesmo nome acrescido de Super (Super NES e Super Famicom / Super Family Computer).


A versão européia do console (lançado em 1993) é visualmente idêntica ao modelo japonês. O controle também é praticamente idêntico, com botões coloridos.

No Brasil, chegou oficialmente apenas no fim de 1993, lançado pela Playtronic (uma joint-venture entre duas empresas, a Gradiente e a Estrela), representante oficial da Nintendo no país na época. Já em versão transcodificada para PAL-M. Inclusive sendo fabricado por muitos anos em Manaus, até a saída da Gradiente do ramo, em 2003.

O Super NES e Super Famicom foram lançados com apenas alguns jogos, mas esses jogos foram bem recebidos no mercado. No Japão, apenas dois jogos. Os dois jogos no lançamento foram Super Mario World e F-Zero. O primeiro, estrelado pelo mascote Mario, costumava acompanhar o console nas vendas e contabilizou 20 milhões de cópias. O segundo contabilizou 2,85 milhões e deu início a mais uma série da Nintendo. Na América do Norte, Super Mario World e outros títulos iniciais incluindo F-Zero, Pilotwings (ambos demonstraram a capacidade de renderização pseudo-3D do console "Mode 7"), SimCity e Gradius III. Mas, em pouco tempo, a Nintendo garantiu seu sucesso no Japão especialmente por manter velhos parceiros, como Capcom, Konami, Tecmo, Square, Koei, Midway e Enix, que mantinham a exclusividade da Nintendo de séries como Mega Man, Final Fantasy e Dragon Quest. Nos Estados Unidos, o Super NES começou cambaleando, mas logo ultrapassou em vendas seu principal concorrente, o Sega Mega Drive, graças a jogos como Super Mario World, The Legend of Zelda: A Link to the Past, Street Fighter 2, Super Metroid, Mortal Kombat, e os jogos das séries Final Fantasy, Dragon Quest e Donkey Kong Country.


Seu joystick foi uma novidade no mundo dos games incluía um direcional digital, 4 botões em cruz (A, B, X e Y), 2 botões de ombro (R e L) e 2 botões ao centro (START e SELECT).
Foi o primeiro controle a trazer "botões de ombro" (shoulder buttons) nas bordas, chamados L e R (Left e Right - Esquerda e Direita). Geralmente são usados para movimentar a câmera de jogo, mas também possuem outras funções dependendo do jogo em questão. Todos os consoles seguintes copiaram esses botões.
Havia também uma peculiaridade nos botões em cruz. Os superiores (dado a inclinação da cruz), Y e X, possuíam formato côncavo, enquanto os inferiores convexo. Tal formato tornava a jogabilidade mais prazerosa em jogos como Super Mario World e Donkey Kong, em que o botão superior Y ficava permanentemente pressionado para dar velocidade, e o botão inferior era usado simultaneamente para outras funções.
A versão japonesa/européia do aparelho traz os botões em cruz em quatro cores diferentes: verde, azul, amarelo, vermelho, respectivamente aos botões Y, X, B e A, enquanto na versão norte-americana, os botões côncavos Y e X tinham coloração lilás e os botões convexos B e A azul marinho


O console utiliza uma CPU 65C816 de 16 Bits com uma freqüência de 3,58, 2,68, ou 1,79 MHz (este ocasionava constantes slowdowns em vários jogos).

O Super NES teve muitos acessórios:

Super NES Mouse: lançado em 1992, é bastante semelhante a um mouse comum utilizado em computador. Tem dois botões e vem com um mousepad rígido para suporte. É ligado na mesma entrada do controle comum, e compatível com dezenas de jogos para Super NES. O mais conhecido deles é Mario Paint.
Super Scope: arma de luz semelhante ao Nintendo Zapper do NES, foi lançada em 1992. Uma inovação sem fio e com mira telescópica.
Super Game Boy: adaptador que permite jogar cartuchos de Game Boy no SNES. Alguns inclusive com suporte a cores.
Satellaview: modem exclusivo do Japão, inserido na parte de baixo do console. Funcionou de 1995 a 2000.


Os chips adicionais vinham em alguns cartuchos e faziam uma grande diferença nos jogos, melhorando significativamente a parte gráfica e sonora:

Super FX: Utilizado em Star Fox, Stunt Race FX e Vortex;
Super FX2: Utilizado em Doom e Yoshi's Island;
Nintendo SA-1: Utilizado em Super Mario RPG, incrementando o efeito gráfico 3/4;
Cx4: Utilizado em Megaman X2 e Megaman X3;
DSP: Utilizado em Super Mario Kart e Pilotwings;
DSP-4: Utilizado em Top Gear 3000;
S-DD1: Utilizado em Street Fighter Alpha 2 e Star Ocean.

O sucesso de sua venda foi superior a 50 milhões de unidades por todo o mundo. O SNES foi oficialmente descontinuado em 1999.

O Super NES foi substituido pelo Nintendo 64 no fim de 1996, mas, antes disso, a Nintendo planejou um periférico de CD para o Super NES que iria se chamar play station (assim como o Sega CD para o Mega Drive), mas as negociações com Sony e Philips não funcionaram e as duas lançaram os próprios consoles baseados nos periféricos não lançados: PlayStation e CD-i respectivamente. Sim, a Nintendo dormiu e os caras levaram sua "galinha dos ovos de ouro"...

Mega Drive / Sega Genesis... o começo de uma nova era...

Lançado em 1988 no Japão, em 1989 nos EUA e posteriormente em outros países, incluindo o Brasil, o Mega Drive foi o primeiro console da chamada 3a geração a chegar no Brasil. Com 16-bit, e uma capacidade superior em tudo aos seus principais antecessores (Master System e NES), tinha jogos com gráficos e sons impressionantes para época, especialmente comparando os títulos similares entre ele e sua versão para 8-bits.

Boa parte dos grandes sucessos em arcade da SEGA tiveram suas conversões para arcade, como Golden Axe, Altered Beast, Out Run e outros. Há também as continuações de clássicos, como o Revenge of Shinobi, que contém ótimas músicas e gráficos que viraram capa de muita revista sobre o assunto na época. E tem ainda títulos com o mesmo nome, mas o jogo em si sendo bem diferente, como é o caso de E-SWAT.

Curiosamente, com os 16-bit, os jogos de tiro com pistola fizeram bem menos sucesso que com seus antecessores, por isso houveram apenas alguns. Óculos 3D foi algo desaparecido na 3a geração também. A maior inovação tecnológica em termos de acessórios ficou mesmo com o Activator, o qual servia pra detectar seus movimentos e transmiti-los ao jogo. Isso sem contar com o Mega CD/Sega CD e o 32X, os quais serviram pra melhorar diretamente na qualidade dos jogos e dar uma vida a mais pro console.


O Mega Drive possui um Motorola 68000 como CPU, um dos processadores mais usados na época, era encontrado em diversas máquinas arcade, bem como no Neo Geo. E ainda tem um Z80 para áudio dedicado, um processador que é usado por outros consoles, como o Master System, para ser a CPU. Aqui está a ficha com os dados técnicos do MD:


CPU Motorola: M68000 (16bit/7.67MHz)
Resolução gráfica máxima: 320x224/320x448¹
Cores (simultâneas/total): 64/512
Planos: 2
Sprites/Tamanho: 80/32x32
Áudio: 10 camadas (6 estéreo e 4 mono)
Processador de áudio: Z80 (8bit/3.58MHz)²




¹ - Essa resolução é a usada em Sonic no modo de 2 jogadores, quando a tela fica dividida
² - O Z80 é uma espécie de CPU para processar o áudio, e manda o áudio para os chips de áudio, no caso o Yahama YM2612 (FM/6 canais) como chip principal, e um PSG de 4 canais como chip auxiliar.

A partir desse ponto os consoles já não deixavam tanto a desejar em relação aos jogos arcade, então, ter um video-game desses em casa era a garantia de boas horas de jogos com os amigos...

Desde seu lançamento o Mega Drive apresentou jogos notáveis, mas nem todos: muitas conversões de arcade eram consideradas superficiais e repetitivas (nem sempre o modelo que dá certo nos fliperamas funciona nas residências), enquanto os jogos esportivos de sucesso nos EUA não tinham o mesmo apelo no resto do mundo. Para piorar, o SNES prometia ser uma máquina bem mais rápida que o Mega Drive. Faltava um jogo "killer app" que se tornasse o símbolo do poder do Mega Drive, capaz de fazer pela Sega o que a série Super Mario Bros. fez pela Nintendo.
A reação da Sega veio correndo (literalmente): em julho de 1991 chegou às lojas o apressadinho Sonic The Hedgehog, um ouriço capaz de correr e rolar alucinadamente -- e, mais impressionante ainda, atropelar o velho Mario. Quem ainda duvidava que o Mega Drive fosse o campeão de velocidade, ficou de queixo caído com o resultado. Nas compras de Natal de 1991 os gamemaníacos raspavam das prateleiras todos os Sonics que encontravam. Para vender ainda mais consoles, a Sega teve a feliz idéia de incluir Sonic como cartucho-brinde do Mega Drive. Até hoje a série Sonic é considerada o apogeu técnico do 16-bits da Sega, e em suas inúmeras seqüências, continua nos corações dos jogadores.

Os jogos fizeram do Mega Drive um sucesso, mas o sistema também foi notável pelos aditivos inventados pela Sega. O add-on mais lembrado é o Mega CD (ou Sega CD, na versão americana), um acessório que adiciona drive de CD-ROM (fazendo o console aceitar jogos muuuuuuuito maiores que os dos cartuchos), duplica a RAM e turbina o processamento de áudio e vídeo. Era meio caro, mas num tempo em que jogos em CD não eram muito comuns, foi um avanço e tanto.

Quando os sistemas de 32 e 64 bits começaram a abocanhar mercado dos "velhos" consoles de 16 bits, a Sega lançou para o Mega Drive um add-on chamado 32X e uma série de jogos compatíveis. Mas desde que o sistema 3DO (que nem foi um grande sucesso) elevou à estratosfera o nível gráfico dos videogames, qualquer esforço para manter o interesse no Mega Drive seria tardio e insuficiente. E o caro 32X ainda batia de frente com o Saturn, console de 32 bits da própria Sega -- sendo que este era muito superior.

Em outubro de 1995 surgiu o xodó dos colecionadores: o Nomad, versão portátil do Mega Drive com tela colorida de cristal líquido. Apesar de ser um notório sugador de pilhas e ter alguns problemas de compatibilidade, o Nomad deu um novo fôlego aos cartuchos de Mega Drive. Pena que durou pouco.

Quando a Sega optou por concentrar seus esforços no Saturn (um erro fatal, segundo os analistas de mercado), surgiu uma versão de menores dimensões (e relativamente "depenada", pois era incompatível com alguns jogos e acessórios) do console original: o Mega Drive 3. Foi vendido basicamente como uma alternativa aos caros consoles de 32 e 64 bits que despontavam na época. A Nintendo contra-atacou derrubando os preços do SNES, em mais uma versão da "guerra dos consoles", mas aí a era dos 16 bits já tinha estacionado no passado.

O Mega Drive foi o videogame de maior sucesso de seu tempo (a matemática das vendas prova isto! O SNES tinha um preço muito maior.) e lançou a semente de uma linhagem de façanhas tecnológicas: primeiro o Saturn, depois o Dreamcast. Mas nenhum chegou aos pés da popularidade do bom e velho Mega Drive. Dobrada pela concorrência da família PlayStation e prevendo o chumbo grosso do GameCube e do Xbox (que nem tinham sido lançados), em fins de 2000 a Sega foi obrigada a tirar de linha o Dreamcast, retirando-se da indústria de consoles. Mas essa é outra história...

NES, ou Nintendinho (8bits) - O mais clonado...

Nintendo Entertainment System, ou simplesmente NES (no Brasil apelidado como Nintendinho), é um videogame lançado pela Nintendo na América do Norte, Europa, Ásia, Austrália e Brasil. Originalmente lançado no Japão em 1983 com o nome de Nintendo Family Computer, ou apenas Famicom, o sistema foi redesenhado e recebeu o novo nome para ser lançado no mercado americano em 1985. O NES/Famicom foi o videogame de maior sucesso comercial na sua época, ajudou a indústria de videogames a se recuperar da crise de 1983 e estabeleceu novos padrões que seriam seguidos pela indústria. Também foi o primeiro console a ser produzido por terceiros, o que ajudou a divulgar o sistema em todo o mundo. O NES também foi um dos primeiros consoles a se apoiar em jogos feitos por terceiros (não só pela própria fabricante).


Para dar continuidade ao sucesso dos seus jogos de arcade lançados no começo dos anos 80 a Nintendo planejava lançar seu próprio console. A idéia inicial era um sistema com processador de 16 bits e drive para disquetes, como essas especificações estavam fora da realidade da época o projeto foi redesenhado e em 15 de Julho de 1983 a empresa lançou no Japão o Nintendo Family Computer. O Famicom, como ficou conhecido, era um console com processador de 8 bits e funcionava com cartuchos. Propositalmente o design do Famicom foi feito para que ele parecesse um brinquedo. Era claro, com duas cores (vermelho e branco) e apresentava controles totalmente diferentes dos padrões da época. O console possuia uma porta de expansão e muitos componentes seriam lançados para conectar à porta.

Durante o seu primeiro ano o Famicom foi criticado por alguns erros de programação o que fez a Nintendo executar um recall de todos os consoles vendidos e parar temporariamente a sua produção. Mais tarde, já com o problema solucionado, a Nintendo voltou a comercializar o Famicom se tornando o console mais vendido no Japão no final de 1984.

Encorajada com o sucesso do Famicom no Japão a Nintendo demonstrava grande interesse em lançar o sistema no mercado ocidental. A empresa tentou negociar com a Atari o lançamento de seu console no mercado norte-americano sob o nome de "Nintendo Enhanced Video System", mas a Atari não demonstrou interesse, já que estava trabalhando no seu próprio console de 8-bit. A Nintendo resolveu então lançar o sistema sozinha e em Junho de 1985 apresentou na feira Consumer Electronics Show o Nintendo Entertainment System (NES). O sistema foi totalmente redesenhado, apresentava um layout muito mais sério e moderno, e ao contrário do que era feito anteriormente a Nintendo apresentava o console como um centro de entretenimento para enfatizar o poder do sistema.

O NES foi lançado oficialmente nos EUA no dia 18 de Outubro de 1985 apenas em Nova York, para teste de aceitação do público. Foram disponibilizadas inicialmente 50.000 unidades que se esgotaram rapidamente, o que levou a Nintendo a lançar o console no resto do país em Fevereiro do ano seguinte. Mais tarde o console foi lançado oficialmente na Europa, Austrália e Brasil. O sistema, apesar da concorrência com o Sega Master System, manteve-se na liderança dos mercados japonês e americano durante uma década.

Nos anos 90 devido a renovação tecnológica o sistema foi substituido por consoles mais modernos. A Nintendo norte-americana continuou dando suporte ao console até 1995 quando sua produção foi encerrada. No oriente, a Nintendo japonesa produziu uma nova versão do Famicom (chamada de Famicom AV) e manteve seu suporte de assistência técnica até outubro de 2003, quando oficialmente descontinuou o sistema por não haver mais peças de reposição. Isso deu ao sistema um tempo oficial de vida de 20 anos, o maior entre todos os consoles lançados até hoje.

O NES se tornou um sistema extremamente difundido graças a jogos da Nintendo que lançaram franquias bem-sucedidas, como Mario, Metroid, Donkey Kong e Zelda.

O console também teve grande colaboração de terceiros, com as japonesas Capcom, Konami e Square começando séries como Mega Man (Capcom), Castlevania e Contra (Konami) e Final Fantasy (Square) no console. A Nintendo também tinha um contrato de exclusividade com seus colaboradores (garantindo que as empresas só trabalhariam no NES).

O jogo mais vendido é Super Mario Bros, com 40 milhões de cópias, mas acompanhando o console (às vezes num cartucho que incluía Duck Hunt). Super Mario Bros 3 é o jogo "separado" mais vendido na história do console, com 17 milhões de cópias.

Devido a sua popularidade, o NES/Famicom tornou-se um dos videogames mais clonados da história. Os clones são cópias não-oficiais do hardware do NES e que conseguem executar jogos originalmente desenvolvidos para ele. Já foram catalogados mais de 300 clones em todo o mundo e alguns ainda são produzidos até hoje. Muitos países onde o NES não foi lançado oficialmente só conheceram o sistema através dos clones. A antiga União Soviética teve o Dendy Junior, um clone que imita o desenho do Famicom. Com a tecnologia atual é possível reproduzir todas as funções do NES em apenas um único chip, o que permitiu a criação de alguns clones portáteis como o Pocket Famicom.

Os jogos também foram um forte alvo da pirataria, tendo sido apreendidos milhões de cartuchos pirateados ou não-licenciados ao longo dos anos. Mesmo o sistema de proteção desenvolvido pela Nintendo, que utilizava o chip 10NES para a verificação do cartucho no momento do boot, não foi suficiente para inibir as cópias ilegais. O caso mais famoso é o da Tengen, linha de acessórios criada pela Atari e que lançou diversos jogos não-licenciados para NES. A Tengen desenvolveu o chip Rabbit, clone do chip 10NES da Nintendo, que permitia que seus jogos funcionassem no NES. Então, vieram outras empresas como a Color Dreams e a Codemasters, para fazer jogos não licenciados para o NES.

O NES só foi lançado oficialmente no Brasil em 1993. Antes disso muitos fabricantes brasileiros lançaram diversos clones com cartuchos próprios e suporte técnico. Os primeiros clones surgiram em 1989, como o Top Game VG-8000, produzido pela CCE, o Dynavision II, produzido pela Dynacom, o Phantom System, produzido pela Gradiente e o BIT System, um console semelhante ao NES, produzido pela Dismac. Enquanto o primeiro e o segundo utilizavam slot de cartuchos de 60 vias compatível com o Famicom, os dois últimos utilizavam slots de 72 vias compatíveis com o NES.

Em 1990 vieram o Super Charger da IBCT, o Hi-Top Game da Milmar e o Top Game VG-9000 da CCE, sendo que o primeiro utilizava o slot de 60 vias, e os restantes utilizando o slot de 72 vias. Algum tempo depois, a CCE lançou o Top Game VG-9000T (o T era de Turbo) e apresentava um controle com botões turbo e com design parecido com o do Phantom System só que de cabeça para baixo (provavelmente para fugir de futuros processos oriundos da Gradiente) e ainda tinha a curiosa vantagem de ser "dual-slot", ou seja, também possuia um slot de 60 vias para os cartuchos japoneses. Seguindo a CCE, a Dynacom lança em 1991 uma versão revisada de seu Dynavision II, o Dynavision III, com o sistema dual-slot. Em 1992 outro clone curioso é lançado: o Geniecom. Desenvolvido por uma empresa homônima, o aparelho possuia um Game Genie embutido, possibilitando aos jogadores trapacear nos jogos sem a necessidade de comprar o acessório separadamente. Alguns outros clones foram lançados posteriormente (até nos dias atuais), mas sem muita expressividade.

Atualmente os maiores clones de NES no Brasil são os consoles Dynavision Xtreme, Wi Vision (mais tarde renomeado para Dynavision Black e depois tem sua versão branca, o Dynavision White) e o PC Game da empresa Dynacom e o Polystation que é vendido geralmente por camelôs e lojas de 1,99.

Também há um reprodutor de DVD que usa ROMs de NES chamado DVD Game, da empresa Britânia. O aparelho rodava ROMs de NES e vem com dois controles. O DVD executa as ROMs de NES gravadas num CD (na verdade, um CD com 27 jogos de NES de pouca capacidade). Pode-se baixar e gravar as ROMs num CD e rodar no DVD. O DVD Game pode rodar até ROMs piratas de NES. O DVD Game tinha uma paleta de cores um pouco maior do que a do NES, proporcionando uma pequena melhoria nos gráficos.
Outro DVD player que também roda ROMs de NES foi criado pela Philco, mas nem todas as ROMs de NES são compatíveis. Jogos de 4Mbits, por exemplo, ficam muito lentos. Provavelmente por causa da pouca capacidade de executar games com paginação de memória mais complexa.

Enfim, alguns dos jogos mais marcantes da história do video-game (que depois viriam a ser famosos) começaram no Nintendinho como a saga Street Fighter, Metal Gear, Kirby, Micro Machines, Contra e por aí vai...

"Master System é um jogo, mas, poderia ser verdade..."

Embalados pelo Slogan de lançamento no Brasil, partimos para o próximo console, Sega Master System.

Lançado inicialmente no Japão em 1986, ele enfrentou grandes dificuldades devido a forte concorrência do NES da Nintendo.
A Nintendo possuia contratos de exclusividade junto as produtoras de jogos. O contrato não permitia que elas produzissem jogos para nenhum outro aparelho, fazendo com que o Master System dependesse somente dos lançamentos desenvolvidos pela SEGA.

O baixo sucesso no Japão não evitou que a SEGA lançasse o Master System no resto do mundo. Nos Estados Unidos o domínio da Nintendo também era muito grande, e logo a SEGA vendeu os direitos de comercialização do Master System nos EUA para a Tonka, mesmo assim a popularidade do aparelho foi diminuindo.
Em 1990, após o lançamento do Sega Genesis, a SEGA recuperou os direitos de comercialização do Master System nos EUA e lançou uma versão com um novo desenho, chamado Master System II. Esse novo modelo era mais barato, mas por outro lado foram removidos o botão de Reset e a entrada para óculos 3D, impossibilitando a utilização desse acessório em alguns jogos. Além de não possuir conectores de áudio e vídeo, ele só podia ser conectado na TV por cabo RF, que apresenta uma pior qualidade de imagem e som.

Na Europa a história foi diferente. O Master System foi bem aceito e se tornou muito mais popular que o console da Nintendo. Diversos desenvolvedores europeus produziram jogos para o Master System, e o aparelho teve suporte da SEGA Européia até 1996 (em contraste a SEGA Americana, que desistiu do console já em 1992). Para se ter uma ideia, os jogos de arcade da Sega convertidos para o Master System faziam tanto sucesso na Europa, que a empresa Tengen lançou versões (não licenciadas) de vários desses games para o console da Nintendo. O sucesso do Master System se repetiu também na Austrália, um mercado que toma como base o mercado europeu.


No Brasil repetiu-se a situação da Europa. O Master System foi produzido e vendido pela Tec Toy a partir de setembro de 1989 e atingiu um grande sucesso. O Master System lançado pela Tec Toy era o mesmo modelo vendido nos Estados Unidos. Já o Master System II produzido pela TecToy possuía o mesmo desenho do primeiro mas era mais barato e vinha com outros jogos. A Tec Toy ainda lançou o Master System III Compact, que possuía um novo desenho (o mesmo desenho do modelo lançado como Master System II nos EUA e Europa), e diversos modelos portáteis chamados Master System Super Compact, inclusive uma versão rosa desenvolvido para garotas. Além disso, a Tec Toy desenvolveu alguns jogos exclusivos (leia-se adaptações de outros jogos da Sega, trocando os personagens) para o mercado brasileiro (como versões da série Wonder Boy in Monster Land, estrelados pela Turma da Mônica) e converteu diversos jogos lançados para o portátil Sega Game Gear para o Master System, aumentando ainda mais a biblioteca de jogos disponíveis. Vale lembrar ainda que a Tec Toy converteu para o Master System, em 1997, Street Fighter II, sendo o jogo de maior tamanho em MB do sistema. A Tec Toy ainda comercializa o Master System com diversos modelos novos, que já vem com jogos instalados na memória.


Sega Master System no Japão/Coreia é conhecido também como "Mark-III" contendo a adição do chip "FM YM2413", sendo "Outrun" o primeiro jogo a usa-lo para gerar sons (em vez de utilizar o SN76489) quando este é devidamente detectado. Mas vale salientar que em 1987 a Sega também lançou no Japão a versão 'internacional' do console, com o mesmo design e o mesmo nome com o qual ficou famoso no resto do mundo: Sega Master System.


O fracasso do Master System nos EUA e Japão levou a Sega a grandes estratégias para fazer seu Mega Drive bem-sucedido nesses mercados (e também no Brasil e Europa).

Atualmente o Master System ganhou novas versões, sendo a última o Portátil. O console ainda é fabricado pela Tectoy no Brasil.

O Master System original aceita jogos em cartuchos e cartões. O tamanho máximo de um jogo em cartão é de 32KBits, enquanto o maior jogo lançado em cartucho possui 8MBits. O suporte a cartões foi abandonado nas versões posteriores do aparelho.

Existem diferenças entre o Master System original lançado no Japão e o modelo comercializado no resto do mundo. No modelo japonês o slot de cartuchos é de tamanho diferente, no lugar do botão RESET existe o botão RAPID FIRE (que ao acionado habilita a repetição automática das ações ativadas pelos botões dos controles), existe uma entrada para o plug do óculos 3D que dispensa assim o uso do adaptador, e vem com um chip de som FM (YM2413) que possibilita músicas muito mais elaboradas (infelizmente esse chip foi removido na versão vendida no resto do mundo). Excluindo essas diferenças, visualmente o desenho do aparelho é idêntico à versão lançada no resto do mundo. (OBS: O design do Mark-III, porém, era completamente diferente).

Apesar da diferença de tamanho do slot de cartuchos entre o aparelho japonês e o aparelho lançado em outras regiões, é possível rodar os jogos lançados no resto do mundo no aparelho japonês, desde que se construa um adaptador. O contrário já não é possível, pois os jogos disponibilizados no mercado Japonês não possuem um cabeçalho que é requerido pelos Master System lançados fora do Japão, além disso, determinados títulos apresentam criptografia no restante de seu código, cuja chave somente é implementada em cartões SD de aparelhos japoneses. Existem projetos caseiros que resolvem esse problema, mas envolve alterar a BIOS do Master System, uma operação às vezes complicada para usuários sem experiência com hardware.

CPU: Zilog Z80 8-bit 3 579 545 Hz (3.58 MHz) em PAL/SECAM e NTSC
Joypad original do Master System.
Gráficos: Chip customizado da SEGA baseado do modelos Texas Instruments TMS9918/9928 com várias adições
384 Kbits ROM, jogos usam método de mudar páginas (cada página é 128Kbit) para ter acesso a toda a área do cartucho
Som: Texas Instruments SN76489 4 canais mono (chip FM YM2413 disponível apenas no aparelho Japonês)
64 Kbits (8KB) RAM
128 Kbits (16KB) Video RAM
32 cores simultâneas de 64 disponíveis (pode também exibir 64 cores simultâneas com certos métodos de programação)
Resolução de tela de 256x192 (Alguns modelos podem suportar outras resoluções além desta)
3 geradores de som quadrado + 1 gerador de som de Ruído branco
1 slot para cartuchos
1 slot para cartões (descartado em modelos posteriores)
1 slot de expansão (não usado fora do Japão)

A História do ATARI 2600 - Aquele que todo mundo conhece!!!

Quem não conhece algum jogo de ATARI?

Quem nunca riu, se emocionou ou passou horas e horas jogando Pitfall, Enduro, PacMan, River Raid, Polícia e Ladrão, Seaquest, HERO, Montezuma Revenge e outros milhares de games maravilhosos da era ATARI. Pois então, vamos viajar na história deste fantástico aparelho que nos fez ADORAR os tais "video games".

Para começar, vamos nos ambientar e lembrar do PONG, criado um pouco antes do ATARI. Pong é o primeiro videogame lucrativo da história, dando origem a um novo setor da indústria. Não possuía gráficos espetaculares ou jogabilidade excelente, mas foi de importância fundamental na história do videogame. Foi criado por Nolan Bushnell e Ted Dabney na forma de um console ligado a um monitor, movido a moedas. A primeira instalação em um bar de San Francisco, Califórnia, mostrou aos dois a possibilidade de lucro da criação. Assim, em 27 de Junho de 1972, a empresa Atari foi fundada.



Nolan Bushnell, reconhecendo os significantes aprimoramentos sobre o Pong feitos pela RCA e Fairchild, pressionou os engenheiros para criar um novo sistema.
A única barreira no caminho da Atari era o dinheiro. As instalações de produção teriam que ser atualizadas para a fabricação de cartuchos, e a Atari, apesar de seu dramático crescimento nos anos anteriores, não tinha recursos para realizar essa atualização sozinha.

Em 1976, as pessoas estavam prontas para outra forma de diversão. As vendas de discos passavam por momentos difíceis no final dos anos 60 e início dos anos 70, e muitas empresas de músicas estavam lutando contra essa falta de interesse por parte dos consumidores. Um dessa empresas era a Warner Communications. Steve Ross, presidente da Warner, estava tirando férias com seus filhos na Disneylandia, quando descobriu um jogador de Arcades de apenas 8 anos de idade. Ross então contatou Emanuel Gerard, cujo trabalho era de adquirir propriedades para a Warner. Encontrou então Nolan Bushnell. Nolan Bushnell começou a Atari quando tinha 29 anos de idade com $250 de seu próprio bolso, e conseguiu vender a empresa por 28 milhões depois de 4 anos. Apesar de não ser mais o presidente da Atari, Bushnell conseguiu permanecer na Diretoria da empresa durante muitos anos. Começava assim o contrato entra a Atari e a Warner Communications para a criação do Atari 2600.

Com a fabricação sendo feita pela Warner Communications e a distribuição pela Sears (o acordo com essa empresa ajudou a Atari a ter a infra-estrutura suficiente para inundar o novo mercado de jogos com seus produtos), o Atari 2600 chegava ao mercado no ano de 1977, e rapidamente se tornou uma dos maiores sucessos na área de entretenimento eletrônico, fazendo com que a Atari dominasse o mercado de jogos durante o final dos anos 70 e início dos anos 80. Vendido por $200 e com pequena margem de lucro, porém os cartuchos eram vendidos entre $20 - $40, e a fabricação dos cartuchos não custava nem uma fração disso.

Com o lançamento de um dos maiores sucessos de Arcade da Taito, o Space Invaders, e com o refinamento na qualidade gráfica através da Activision, o console atingiu vendas nunca vistas até o momento. Atari ainda viria com outra bomba sobre seus concorrentes com a acordo com a Paramount Pictures para distribuição EXCLUSIVA de jogos de dois de seus maiores sucessos de bilheteira, E.T. e Caçadores da Arca Perdida.

O sucesso do Atari 2600 continuaria por mais 5 anos, conseguindo atingir a marca de 5 bilhões de dólares nas vendas de consoles e produtos relacionados ao Atari.

No Brasil, o Atari 2600 foi lançado pela Polyvox, entre 1981 e 1982. Conseguiu um enorme sucesso, pois atraiu crianças e adultos que passavam horas em frente das televisões jogando games como River Raid, Pitfall e Enduro, e seus concorrentes diretos (Odyssey da Philips e Intellivision da Sharp) não tinham a mesma estrutura para concorrer com um dos maiores fabricantes de games do momento. Um detalhe interessante é que quando o Atari foi lançado no Brasil, nos EUA o console praticamente não era mais fabricado, porém isso ajudou a empresa Americana a continuar ganhando dinheiro através de direitos autorais, mesmo não fabricando mais o aparelho.

Os jogadores brasileiros tinham a possibilidade de se associar à um clube chamado Atari Clube, onde recebiam informações sobre campeonatos, novos jogos e dicas.

Aproximadamente 500 títulos foram lançados para o Atari 2600 fazendo com que o console esteja entre os recordistas em número de jogos. Diversos acessórios e controles foram fabricados, fazendo com que a diversão aumentasse cada vez mais.

Sem sombra de dúvidas, o Atari 2600 foi um dos melhores (se não o melhor) consoles já fabricados.

Caso você nunca tenha jogado um Atari (não em vale emulador) e tiver oportunidade, não deixa passar. É um CLÁSSICO de verdade!

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO ATARI:

Spash pronto...

A partir de agora nossas filmagens terão este spash de abertura. O que vocês acharam?

Inauguração do Blog

Salve galera, a partir de agora este espaço será destinado a todos aqueles que adoram video-games. Falaremos sobre tudo. Jogos novos, antigos, diferentes, para PC, para consoles, portáteis, enfim, tudo mesmo! Sinta-se a vontade para comentar, sugerir ou fazer sua crítica. Em breve publicaremos alguns videos falando de diversos assuntos. Adicione-nos em seus favoritos e acompanhe! Obrigado por sua visita!